sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Fossa Séptica Biodigestora

Fossa Séptica Não-Contaminante De Lençol Freático - Download fossa.pdf





Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e o Abastecimento, a agricultura de base familiar reúne 14 milhões de pessoas, mais de 60% do total de agricultores, e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil. É comum nessas propriedades o uso de fossas rudimentares (fossa "negra", poço, buraco, etc.), que contaminam águas subterrâneas e, obviamente os poços de água, os conhecidos poços ”caipiras”. Assim, há a possibilidade de contaminação dessa população, por doenças veiculadas pela urina, fezes e água, como hepatite, cólera, salmonelose e outras.
O processo de biodigestão de resíduos orgânicos é bastante antigo, sendo que a primeira unidade foi instalada em Bombaim, na Índia em 1819; na Austrália uma companhia produz e industrializa o metano a partir de esgoto desde 1911. A China possui 4,5 milhões de biodigestores que produzem gás e adubo orgânico, sendo que a principal função é o saneamento no meio rural (http://www.cdcc.sc.usp.br/escolas/juliano/biodiges.html#6). No Brasil, a ênfase para os biodigestores foi dada para a produção de gás, com o objetivo de converter a energia do biogás em energia elétrica através de geradores. Isso permitiu melhorar as condições rurais, como por exemplo o uso de ordenhadeiras na produção de leite, e outros benefícios que podem ser introduzidos. Esse processo realiza-se através da decomposição anaeróbica da matéria orgânica digerível por bactérias que a transforma em biogás e efluente estabilizado e sem odores, podendo ser utilizado para fins agrícolas. As fases do processo constam de: fase de hidrólise enzimática, ácida e metanogênica (Olsen & Larsen, 1987), as quais eliminam todo e qualquer elemento patogênico existente nas fezes, devido principalmente, à variação de temperatura. Com isso, o processo de biodigestão de resíduos orgânicos é uma possibilidade real a ser considerada para a melhoria do saneamento no meio rural. Em suma, o biodigestor aqui desenvolvido tem dois objetivos: 1) substituir, a um custo barato para o produtor rural, o esgoto a céu aberto e as fossas sépticas e 2) utilizar o efluente como um adubo orgânico, minimizando gastos com adubação química, ou seja, melhorar o saneamento rural e desenvolver a agricultura orgânica.

Figura 1a - Todo o sistema

O sistema (figura 1a) é composto por duas caixas de fibrocimento ou fibra de vidro de 1000 L cada [5], facilmente encontradas no comércio, conectadas exclusivamente ao vaso sanitário, (pois a água do banheiro e da pia não têm potencial patogênico e sabão ou detergente tem propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão) e a uma terceira de 1000 L [6], que serve para coleta do efluente (adubo orgânico). As tampas dessas caixas devem ser vedadas com borracha e unidas entre si por tubos e conexões de PVC de 4", com curva de 90o longa [3] no interior das caixas e T de inspeção [4] para o caso de entupimento do sistema. Os tubos e conexões devem ser vedados na junção com a caixa com cola de silicone e o sistema deve ficar enterrado no solo para manter o isolamento térmico. Inicialmente, a primeira caixa deve ser preenchida com aproximadamente 20 L de uma mistura de 50% de água e 50% esterco bovino (fresco). O objetivo desse procedimento é aumentar a atividade microbiana e consequentemente a eficiência da biodigestão, dever ser repetido a cada 30 dias com 10 L da mistura água/esterco bovino através da válvula de retenção [1]. O sistema consta ainda de duas chaminés de alívio [2] colocadas sobre as duas primeiras caixas para a descarga do gás acumulado (CH4). A coleta do efluente é feita através do registro de esfera de 50 mm [7] instalado na caixa coletora [6]. Caso não se deseje aproveitar o efluente como adubo e utilizá-lo somente para irrigação, pode-se montar na terceira caixa um filtro de areia, que permitirá a saída de água sem excesso de matéria orgânica dissolvida (figura 1b).

Figura 1b - 3a. caixa projetada para remoção da matéria orgânica

A lista de material necessário para a construção do sistema é a seguinte:

Se não for utilizar o efluente como adubo orgânico, mais:
Areia fina lavada
Pedra britada nº 1
Pedra britada nº 3
Tela de nylon fina - tipo mosquiteiro



Fonte: http://www.cnpdia.embrapa.br/produtos/fossa.html

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Melhora a produtividade do cacau brasileiro, e país pode ser autossuficiente em cinco a seis anos, comemora Josias

A produção de cacau no Brasil, e, especialmente, na Bahia, continua reagindo positivamente e alcançando índices elevados de produtividade, fazendo com que o país possa até conseguir a autossuficiência em cinco ou seis anos. Nesta sexta-feira, 04, o deputado federal baiano, Josias Gomes, com destacada militância política na região cacaueira do estado, comemorou números revelados pelo jornal Valor Econômico, referentes ao cacau brasileiro.

Segundo comenta o parlamentar, “há fazendas com produção de cacau, supervisionadas pela Ceplac-Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, produzindo até 150 arrobas por hectare, depois de anos de anos de baixíssima produtividade por conta da incidência da doença vassoura de bruxa; enquanto isto, indústrias internacionais se uniram a empresas nacionais, sob a coordenação da Associação Produtora de Cacau, e estão alcançando, em fazendas pré-selecionadas, produtividade de até 32 arrobas por hectare, onde antes a produtividade era de 11,5 arrobas por hectare”.

De acordo com a matéria do Valor Econômico, reproduzindo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), com o crescimento da produção de cacau, as indústrias processadoras reduziram a importação do produto, entre 2010 e 2009, em 35%. Ainda segundo o jornal, reproduzindo informações da TH-Consultoria e Estudos de Mercado, a safra brasileira 2010-2011, que termina em abril, deve atingir 195 mil toneladas, 26% mais que na safra anterior.

A Ceplac não para de investir em parcerias acadêmicas visando o combate à vassoura de bruxa e a melhoria da produtividade do cacau. Em dezembro do ano passado, o órgão realizou um debate técnico-cientifíco entre os pesquisadores do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec) e os professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP. O objetivo foi discutir sobre a possibilidade de utilização de um composto metabólico secundário (alfa tomatina) como fungicida no combate ao fungo Moniliophthora perniciosa, causador da vassoura-de-bruxa do cacaueiro, que vem se revelando eficaz em estudos de labotatório.

Também em dezembro de 2010, foi assinado Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Estado de Sergipe (Seagri) e a Ceplac. O objetivo do Acordo é o de realizar estudos, pesquisas e implantação de unidades demonstrativas com plantio de cacau de sequeiro e em consórcio com seringueira, açaizeiro, cupuaçuzeiro e frutíferas e sistemas agroflorestais (SAFs).

“O importante é que todos vêm se esforçando, tanto a iniciativa privada quanto o poder público, com destaque para o Governo Federal, através da Ceplac, o Governo da Bahia, visando a recuperação da lavoura cacaueira nacional e a produção de chocolate”, ressalta Josias. Conforme o deputado, “há que ser considerada, também, as parcerias feitas com cooperativas de agricultores familiares visando o beneficiamento do cacau como outra das iniciativas públicas para melhoria da produção cacaueira, e, assim, todos unidos, haveremos de consolidar o Brasil como um dos maiores produtores de cacau e chocolate de todo o mundo”, encerrou Josias.

Comunicação – Deputado Josias Gomes

terça-feira, 21 de junho de 2011

Colheita do cacau começa com atraso no sul da Bahia

Apesar do atraso, a qualidade está sendo considerada boa.

Já o preço baixo pago pela arroba preocupa os produtores.

A colheita em uma fazenda de 12 hectares no município de Uruçuca, no sul da Bahia, começou esta semana, bem diferente do ano passado, quando nesta mesma época, quase 10% já havia sido colhido.

Apesar do atraso, a qualidade do cacau está sendo considerada boa. Os frutos estão perfeitos para a indústria do chocolate, sem ataques de pragas ou fungos.

A expectativa dos produtores para a safra deste ano não é tão boa quanto a do ano passado. De acordo com a Associação dos Produtores de Cacau da Bahia, em 2011, a safra deve ser de 120 mil toneladas, 20% a menos em relação à safra passada.

Henrique Almeida, produtor de cacau há mais de 30 anos e presidente da Associação dos Produtores de Cacau tem uma fazenda com 90 hectares do fruto. Ele ainda não começou a colheita este ano e não está entusiasmado com o preço.

No ano passado, a arroba do cacau foi vendida por R$ 95, agora, o preço de mercado está girando em torno de R$ 76. “Os custos aumentaram, os insumos tiveram aumento em torno de 50%, a mão-de-obra aumentou e estamos tendo redução no preço da arroba”, lamenta Henrique.

Fonte: G1: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/04/colheita-do-cacau-comeca-com-atraso-no-sul-da-bahia.html, em 29/04/2011


segunda-feira, 20 de junho de 2011

ENTIDADES GARANTEM QUE 2010 FOI O ANO DO RESSURGIMENTO DA LAVOURA CACAUEIRA.



Entidades representativas da lavoura cacaueira reuniram a imprensa nesta terça-feira (14), em Itabuna, para mostrar os avanços alcançados em 2010 e os planos para 2011. O presidente da Associação dos Produtores de Cacau (APC) e diretor-geral da Biofábrica, Henrique Almeida; o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec/Ceplac), Adonias Castro; o presidente da Câmara Setorial do Cacau, Fausto Pinheiro; o secretário-executivo do Instituto Cabruca, Durval Libânio e o do Grupo Pensar Cacau, Águido Muniz foram unânimes ao classificar 2010 como o ano do ressurgimento da lavoura cacaueira no sul da Bahia.

Durval Libânio do Instituto Cabruca, referenciou como bom exemplo a participação premiada dos produtores baianos no Salão do Chocolate de Paris, onde o cacau produzido em Ilhéus foi eleito o melhor da América do Sul. “Outro salto importante foi o início do processo de produção de madeira legal, registrado em Camacan, onde uma empresa licenciou 600 metros deste produto, abrindo uma perspectiva enorme para resolver um dos grandes entraves desta região, que é a extração clandestina de madeira”.

Para Libânio, o sul da Bahia está dando um passo considerável em direção a outras perspectivas ambientais, sociais e econômicas. “Por isso, lutamos também pela indicação geográfica do Sul da Bahia, criação dos cursos de Engenharia Florestal e Engenharia de Alimentos na Uesc, ampliação das ações da Ceplac e pela implementação de um programa de silvicultura que impulsione a economia local a partir do cacau, chocolate e turismo, alcançando não só as zonas rurais como também as zonas urbanas”, completa.
“Foi o fim de uma década difícil para a região”, sentenciou o chefe do Cepec, listando alguns avanços conquistados pela Ceplac na atual gestão. “Diminuiu a incidência de vassoura-de-bruxa no campo e a produção, em alguns casos, dobrou”, diz Adonias Castro, pontuando a intensa pauta da Ceplac de atividades dirigidas ao produtor. “Fizemos mais de 40 eventos de aproximação com o produtor em 2010, ampliamos o diálogo com as instituições parceiras, sobretudo as voltadas para o meio ambiente e intensificamos o esforço para o registro definitivo do Tricovab – o biofungicida elaborado pelos pesquisadores do Centro de Pesquisas do Cacau, desde 1999, com fungo antagônico ao da vassoura-de-bruxa – nos órgãos competentes”.


O presidente da APC e diretor-geral da Biofábrica também enxerga 2010 como um marco para a cacauicultura baiana. “As entidades ligadas ao setor se fortaleceram e estão atuando em parceria, garantindo saltos importantes, como a liberação de R$ 6 milhões pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Ceplac para a Renorbio, destinados às pesquisas relativas à vassoura-de-bruxa e produção de clones resistentes e tolerantes ao fungo Moniliophthora perniciosa, causador da doença. Outro impulso fundamental foi a inclusão do cacau no FNE Verde (Programa de Financiamento à Conservação e Controle do Meio Ambiente), luta capitaneada pelo Instituto Cabruca e defendida por todos nós”, ressalva Henrique Almeida.


O ano de 2010 foi igualmente promissor para o Instituto Biofábrica de Cacau. Segundo Henrique Almeida, a entidade reorganizou suas finanças, quitou dívidas trabalhistas e, principalmente, retomou a produção que estava praticamente estagnada. “A produção de mudas saltou de 146 mil mudas para 1,5 milhão de mudas, graças ao esforço coletivo para redução dos custos e incremento da unidade de fabricação, onde estamos reformando os viveiros, com recursos alocados no Orçamento da União”.


Novo ciclo de desenvolvimento regional:
Os avanços da lavoura cacaueira foram vistos nos setores tecnológico, político e econômico.


Para Águido Muniz, do Grupo Pensar Cacau, tudo isso foi possível graças à parceira entre as diversas instituições. “A Ceplac alcançou um salto qualitativo no campo e a APC abriu novas perspectivas para os produtores”.


O presidente da Câmara Setorial do Cacau, Fausto Pinheiro, pontua a fortalecimento institucional da região que visa, entre outras metas, o financiamento das unidades produtivas de chocolate. “Não seremos mais apenas meros produtores de amêndoas de cacau; queremos entrar no mercado de chocolate”, segundo ele.



Fonte: Instituto Cabruca

terça-feira, 10 de maio de 2011

Agroecologia pode dobrar produção de alimentos em 10 anos

Por: Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual

Ao mesmo tempo em que a alta mundial no preço dos alimentos atinge seu maior patamar em duas décadas e dá força redobrada ao fantasma da fome que persegue as populações pobres dos países economicamente mais vulneráveis, um informe da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a Agroecologia pode duplicar a produção alimentar nos próximos dez anos. Divulgado na terça-feira (8) pelo Alto-Comissariado de Direitos Humanos, o documento que, segundo a ONU, foi embasado por “uma exaustiva revisão da literatura científica mais recente”, defende a Agroecologia como “meio para incrementar a produção alimentar e melhorar a situação dos mais pobres”.

Os estudos que embasaram o informe foram coordenados pelo belga Olivier de Schutter que, desde 2008, é relator especial da ONU sobre direito à alimentação: “Para poder alimentar a nove bilhões de pessoas em 2050, necessitamos urgentemente adotar as técnicas agrícolas mais eficientes conhecidas até hoje. Neste sentido, os estudos científicos mais recentes demonstram que ali onde reina a fome, especialmente nas zonas mais desfavorecidas, os métodos agroecológicos são muito mais eficazes para estimular a produção alimentar do que os fertilizantes químicos.”

De acordo com os casos relatados no documento da ONU, projetos agroecológicos desenvolvidos nos últimos anosem 57 países em desenvolvimento registraram um rendimento médio de 80% em suas lavouras. Isso significa, por exemplo, um aumento de 116% na média de todos os projetos desenvolvidos na África. “Os projetos mais recentes levados a cabo em 20 países africanos demonstraram que é possível duplicar o rendimento das lavouras em um período de três a dez anos”, afirma Schutter.

A ONU afirma que o modelo agrícola dominante, baseado nas monoculturas e na utilização massiva de agrotóxicos, fertilizantes e outros insumos, “já demonstrou não ser a melhor opção no contexto atual”, além de acelerar o processo de aquecimento global. “Amplos setores da comunidade científica já reconhecem os efeitos positivos da agroecologiasobre a produção alimentar no que se refere à redução da pobreza e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, afirma o documento.

MENOS AGROTÓXICOS

O relatório divulgado pelo Alto-Comissariado de Direitos Humanos da ONU também dá destaque aos países que diminuíram consideravelmente a utilização de agrotóxicos nos últimos anos. São citados no documento países como Indonésia, Vietnã e Bangladesh, que reduziram em até 92% o uso de agrotóxicos na produção de arroz, que é oalimento básico das populações camponesas desses países.

Outro exemplo citado no relatório é o do Malauí, país que era grande consumidor de produtos agroquímicos e agorafaz sucesso com a transição para um modelo agroecológico. Segundo a ONU, essa transição já tirou da extremapobreza 1,3 milhões de pessoas, além de aumentar o rendimento das lavouras de milho do país de uma para três toneladas por hectare. “O conhecimento substituiu os pesticidas e fertilizantes”, comemora Olivier de Schutter.

O relator especial da ONU sobre o direito à alimentação afirma que o Estado tem um “papel fundamental” a cumprir no fortalecimento da agroecologia. “As empresas privadas não investirão tempo e dinheiro em práticas que nãopodem proteger com patentes e que não pressuponham uma abertura dos mercados para novos produtos químicos ou sementes melhoradas”. Schutter também exortou os Estados a darem maior apoio às organizações camponesas que, segundo ele, “demonstraram uma grande habilidade na hora de difundir as melhores práticas agroecológicas entre seus membros”.

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