terça-feira, 19 de maio de 2009

Dia de Campo em Ituberá capacita extensionistas da CEPLAC e EBDA

Promover atualização tecnológica e capacitar extensionistas dos Escritórios Locais da CEPLAC e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) envolvidos na distribuição de mudas de seringueira dos programas Mata Verde e PAC do Cacau e na assistência técnica a produtores familiares do Baixo Sul do estado. Estes foram os principais objetivos do Dia de Campo que a CEPLAC, Superintendência de Agricultura Familiar da Secretaria Estadual de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SUAF/Seagri), EBDA, Instituto Biofábrica de Cacau e Territórios da Cidadania realizaram quinta-feira, 14, nas Plantações Michelin da Bahia, em Ituberá.
Os extensionistas dos municípios de Camamú, Gandú, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Nova Ibiá, Piraí do Norte, Teolândia, Valença e Wenceslau Guimarães receberam orientações sobre técnicas de implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF), espaçamento e cultivos intercalados de seringueira, cacau, dendê e frutíferas do pesquisador da CEPLAC José Raimundo Bonadie Marques. Segundo ele, os programas destinados à agricultura familiar pelo Governo da Bahia e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) visam promover a diversificação agregando valor à pequena propriedade rural.
Em principio será distribuído um milhão de mudas de seringueira das variedades SIAL 1005 e FDR 5788. “A idéia é fazer chegar aos agricultores familiares de três regiões rurais baianas clones de grande capacidade de produção e resistentes à doenças selecionados pela CEPLAC e pela Michelin. É um projeto ambicioso com o qual esperamos atender aspectos econômicos, melhorando as condições e elevando a renda da propriedade, e social, já que pelos critérios do programa vai se universalizar o acesso à tecnologia e fazer com que as famílias tenham condições de integral aproveitamento da atividade, com o cultivo da seringueira que é tradicional e tem expressiva importância econômica no Baixo Sul”, afirmou o Chefe do Núcleo Regional da CEPLAC, em Valença, Joailton Manoel de Jesus. MELHORAMENTOO coordenador do Programa Mata Verde da SUAF/Seagri, Rogério das Virgens, informou que, embora se inicie com dois clones, o programa prevê o repasse de mudas de mais cinco clones indicados pela CEPLAC, em interação com a Michelin e Instituto Biofábrica de Cacau. “É preciso ter consciência de que se pretende o melhoramento genético nas propriedades familiares, além da simples produção do látex. Por isso é que em paralelo à distribuição e plantio das mudas de seringueira vamos disseminar novas tecnologias usando os extensionistas da EBDA e da CEPLAC”, declarou.
O agrônomo Ivo Cairo Cabral Junior, Gerente de Operações Agrícolas da Plantações Michelin Bahia, afirma que a distribuição de mudas de seringueira é iniciativa interessante do Governo da Bahia, já que a demanda pelo cultivo é grande e agora os agricultores familiares estão tendo acesso a material genético de qualidade, o que somente acontecia aos médios e grandes agricultores. “A gente vê com bons olhos por conhecer a heveicultura no mundo. Realmente é cultura volta ao pequeno agricultor que dela poderá muito se beneficiar”, disse.
Para Barachísio Lisboa Casale, a seringueira é um tipo de cultivo que encontrou condições de solo, clima e luminosidade apropriados no Baixo Sul da Bahia. “Aqui todo pequeno ou médio produtor cultiva a seringueira e há escassez de sementes e mudas. Portanto, atividades como esta e programas como este são bem vindos e este é, historicamente, um dos programas que mais recursos aplica nesta atividade, certamente trará grandes resultados”, acrescentou. DEMANDAHá uma demanda mundial por látex para produção de borracha, apesar dos reflexos da crise gerada pelos americanos na economia, que afetou principalmente a indústria automobilística e deprimiu os preços internacionais da borracha. “A crise é realmente muito séria, mas não vai durar até que a seringueira, agora plantada, comece a produzir em sete anos. Portanto, é hora de se pensar no futuro e, sinceramente, esperamos que quando vier a produção os efeitos da crise tenham se dissipado e os agricultores familiares tenham rentabilidade com o cultivo”, comentou o agrônomo Ivo Cairo Junior.
O gerente da Michelin lembra que a borracha substitui os combustíveis fósseis, como o petróleo, há aumento da demanda, particularmente no Brasil, que consome 300 mil toneladas anuais e produz apenas 100 mil toneladas. “É uma commodity com mercado garantido nos próximos anos” reafirmou. A parceria entre o Governo da Bahia, Seagri/Suaf e EBDA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, CEPLAC, Instituto Biofabrica de Cacau e Territórios da Cidadania também promoveu dias de campo na Estação Experimental Djalma Bahia, da CEPLAC/Embrapa, em Una, em abril, e na Fazenda Porto Seguro, em Uruçuca, neste mês, para cerca de 100 pessoas, entre agricultores familiares e técnicos das instituições envolvidas.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CEPLAC - sexta-feira, 15/5/2009

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