quinta-feira, 2 de julho de 2009

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA INFORMA QUE REGISTRO DO TRICOVAB É PRIORIDADE


“O registro do Tricovab é prioritário. Porém, é necessário cumprir todos os testes de toxicidade a mamíferos e estudos de impacto ambiental que estão em andamento nos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura”. A informação foi prestada pelo Coordenador Geral de Agrotóxicos e Afins-CGAA do MAPA-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Eduardo Pacific Rangel, em conversa mantida com o superintendente da Ceplac Antônio Zózimo de Matos Costa, acompanhado do pesquisador Givaldo Rocha Niella do setor de Fitopatologia/Biocontrole. “Estes testes têm como finalidade avaliar a eficiência agronômica de agrotóxicos, bem como efeitos na saúde humana e no meio ambiente”, acrescentou.
O Tricovab, é um produto desenvolvido desde 1999 por técnicos do Centro de Pesquisas do Cacau, na Ceplac e que se mostra eficaz no controle do desenvolvimento dos cogumelos que crescem no material infectado pela vassoura-de-bruxa quebrando o ciclo de disseminação dos esporos.
O encontro aconteceu durante a realização do Workshop “Vantagens do registro de produtos biológicos de controle de pragas”, realizado em Jaguariúna-SP de 18 a 19 de junho. O evento promovido pela Embrapa/Meio Ambiente, com sede naquele município, teve como objetivo discutir as vantagens do registro, a importância da qualidade dos produtos e biológicos e incentivar as empresas de produtos agrotóxicos e biológicos de controle de pragas a se regularizarem junto aos órgãos competentes, visando fazer cumprir a legislação vigente.
Além de Luiz Eduardo Pacific Rangel, do MAPA, o evento teve ainda como palestrantes os representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa/GGTOX), Carlos Alexandre Oliveira Gomes e do IBAMA, Danilo Lourenço de Souza. Todos enfatizaram as exigências legais dos Ministérios a qual estão vinculados, para o registro de agrotóxicos e afins.
Durante as palestras, ficou bem claro que são atribuições da União o registro, produção, importação e exportação de agrotóxicos. Aos Estados compete a fiscalização no comércio, armazenamento e uso dos agrotóxicos e aos Municípios competem fiscalizar o uso e armazenamento destes produtos. Também ao MAPA compete, além da emissão do registro definitivo, promover a segurança da qualidade dos bioprodutos. Na parte do registro o MAPA avalia a eficiência agronômica, a ANVISA avalia e classifica os bioprodutos quanto a toxicologia e o IBAMA avalia os impactos ambientais destes.
Foi informado também que qualquer agrotóxico pode sofrer proibição de registro se não tiver definido o método de desativação e um antídoto ou tratamento. Também, foi repassado que para produtos biológicos, caso do Tricovab, desenvolvido pela Ceplac, não é necessário definição de métodos analíticos para resíduos, constantes do item 3.18 do manual de procedimentos para registro de agrotóxicos e afins do MAPA. Ficou bem claro que a Instrução Normativa Conjunta (INC) para o registro do Tricovab e qualquer outro agrotóxico biológico a base de microorganismo é a de nº 3, de 10 de março de 2006.
O superintendente da Ceplac, Antonio Zózimo, explicou que a direção está acompanhando com atenção o desdobramento das etapas que compõem a liberação do registro definitivo do Tricovab e tão logo as últimas análises sejam efetuadas pelos laboratórios do MAPA e aconteça o registro, o produto será disponibilizado aos produtores.
O que é o Tricovab
O fungo Trichoderma stromaticum é a base do biofungicida Tricovab, utilizado no controle de Crinipellis perniciosa, causador da vassoura-de-bruxa do cacaueiro. Desde 1999, o Tricovab tem sido produzido e aplicado em plantações de cacaueiro no sul da Bahia. O levantamento populacional do T. stromaticum nesta região é uma necessidade e para isso a caracterização molecular da espécie ou a utilização de um fungo marcado geneticamente é essencial. Neste trabalho, objetivou-se utilizar marcadores RAPD para caracterizar o isolado de T. stromaticum utilizado na fabricação do Tricovab em relação a outros isolados de Trichoderma spp. e também para analisar a similaridade genética entre o isolado do Tricovab e um isolado mutante (TVC 5.15) resistente ao benomil obtido por Sardagna & Melo (2001). DNA genômico de cada isolado foi extraído a partir de massa micelial desenvolvida em placas de Petri contendo meio BD. O DNA de cada isolado foi amplificado via PCR utilizando-se nove primers decâmeros, os quais geraram 195 marcadores RAPD. A similaridade genética entre o isolado do Tricovab e o TVC 5.15 foi de 0,96. Os padrões de marcadores RAPD obtidos permitiram uma diferenciação visual clara dos isolados de T. stromaticum, os quais ficaram em um grupo bem definido do dendrograma.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CEPLAC
quarta-feira, 1/7/2009

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