sexta-feira, 17 de abril de 2009

Variedades de banana mais produtivas e resistentes a pragas

Identificar variedades mais produtivas e resistentes a pragas e doenças como a Sigatoka-Negra e Mal-do-Panamá é o propósito da Unidade de Observação e Demonstração (UOD) de banana instalada em propriedade de agricultor familiar, no distrito de Irrigação Tourão, em Juazeiro, pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Gerência Regional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), no município.

Das duas variedades de banana-prata, uma de banana-d`água e uma variedade de banana-maçã avaliadas, todas destacam-se pela alta qualidade, pelo Brix (alto teor de açúcar), pelo vigor das plantas, resistência às principais doenças, alta produtividade e qualidade do fruto. “Os resultados comprovam que estas variedades podem ser indicadas para o cultivo da região, e vão contribuir para aumentar a produção e a renda dos agricultores familiares de banana do Vale do São Francisco”, disse o secretário Roberto Muniz, em visita a estação hoje, (03), durante a Seagri Itinerante.

Para o agricultor familiar e proprietário Silvestre Nunes Gonçalves, que já teve o campo de banana todo perdido devido a pragas, a esperança ressurgiu. “Estou entusiasmado com as novas variedades, resistentes a doenças, principalmente a Sigatoka-Negra”, afirmou o agricultor, referindo-se aos trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela EBDA.

Com os resultados promissores dessa unidade, a empresa implantou na Universidade Estadual da Bahia (campus III), e na comunidade de Brejo da Brazida, em Sento Sé, outras Unidades de Demonstração, para realizar a multiplicação dos rizomas (raízes que se transformam em mudas) e assim poder obter mudas dessas variedades e distribuir aos agricultores familiares da região até o final de 2009. “Com a nossa avaliação, a nível regional, estamos confirmando a viabilidade técnica e econômica do plantio de novas variedades pelos agricultores da região para que a banana se estabeleça como uma nova alternativa de renda” assegurou o diretor de agricultura da EBDA, Hugo Pereira.

De uma maneira geral, as cultivares testadas comportaram-se satisfatoriamente quanto aos aspectos agronômicos, na região, mostrando-se como promissoras e uma alternativa viável para substituição a variedades suscetível a Sigatoka-Negra e ao Mal-do-Panamá, o que ocasiona uma perda significativa em termos de renda para o agricultor familiar.

Sigatoka-Negra

A cultura, no estado, ainda não foi afetada pela Sigatoka-negra, principal doença que ataca os bananais, muitas vezes, dizimando-os. Caracteriza-se pelo ataque às folhas da planta que não conseguem realizar a fotossíntese. A morte precoce das folhas e o consequente enfraquecimento da planta levam à produção de frutos raquíticos e sem sabor, pois não produzem açúcar. A bananeira torna-se improdutiva, ocasionando perda de rendimento entre 50 a 100%.

Observada em vários estados, a doença impede a comercialização da banana, sendo proibido por legislação federal o deslocamento de materiais dos estados onde já existe a doença para outras regiões do país, pois o trânsito de frutas, mudas ou partes da planta constituem-se nos principais meios de disseminação da doença.

Quanto ao controle da doença, pode ser de caráter legal – como as medidas que impedem o trânsito de bananeiras e plantas afins provenientes de áreas infestadas; controle cultural – adoção de práticas de cultivo que amenizem o efeito da doença; controle químico – compreende a utilização de fungicidas; e controle genético – baseado no plantio de variedades resistentes, considerada a alternativa mais viável para o controle da doença, especialmente para os agricultores familiares.

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