quarta-feira, 5 de agosto de 2009

AGRICULTORES DO SUL E EXTREMO SUL DA BAHIA SE UNEM CONTRA A PROPOSTA DA DEMARCAÇÃO

Agricultores das regiões de Ilhéus, Una, Buerarema e Santa Luzia atingidos pelo relatório do Funai que propõe a demarcação de 47.370 hectares de terras na região, se uniram aos produtores rurais e empresários das regiões de Porto Seguro, Itamaraju e Teixeira de Freitas, também vítimas da proposta de demarcação, para lutar contra o relatório que, segundo eles, traz conflitos e prejuízos irreparáveis para a economia desses municípios. A idéia dos agricultores é fazer um movimento nacional pela mudança dos critérios e dos modelos propostos pela Funai para a demarcação e somar ainda mais forças para mostrar os danos que essa proposta traz para as cidades. Para isso, os agricultores já estão se mobilizando e nesse mês de agosto tem agendadas reuniões na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, em Brasília, no próximo dia 12, e na Assembléia Legislativa da Bahia, em Salvador, no dia 20.
Durante a reunião de avaliação dos 100 dias do movimento contra a demarcação no Sul da Bahia, o representante dos agricultores do Extremo Sul, Lindomar Antônio Lembranci, falou sobre os danos que a proposta da Funai vem provocando naquela região onde famílias inteiras foram arrancadas de suas propriedades, sem qualquer justificativa, e atualmente enfrentam sérias dificuldades financeiras. Ele citou o caso de uma viúva que teve sua propriedade rural envolvida na demarcação e que perdeu praticamente tudo. Para evitar novas vítimas desse processo absurdo e injusto é que os pequenos agricultores do Sul e Extremo Sul da Bahia, que convivem com problemas e situações semelhantes, resolveram lutar unidos e pretendem se juntar a outras regiões do Brasil que enfrentam situações semelhantes.
Somente nos municípios Ilhéus, Una, Buerarema e Santa Luzia a Funai pretende demarcar 47.370 hectares, envolvendo centenas de propriedades rurais e atingindo diretamente 20 mil pessoas que dependem dessas terras para sobreviver. A proposta da Funai é tomar essas terras produtivas dos agricultores e entregar para supostos descendentes de índios Tupinambá de Olivença. O presidente da Comissão de Agricultores, Luiz Henrique Uaquim, explica que o movimento dos produtores rurais não é contra os verdadeiros índios, mas sim para garantir aos pequenos proprietários o direito constitucional de propriedade. Segundo ele, a Funai está se valendo de um relatório mentiroso e fraudulento para tirar terras de cerca de 20 mil pessoas para entregar a cerca de 200 pseudos-descendentes de índios.
Após avaliar todas as etapas dos 100 dias de luta, os agricultores decidiram continuar a mobilização para provar os erros e as mentiras contidas no relatório da Funai que propõe a demarcação das terras no Sul da Bahia. Além das reuniões e dos movimentos já agendados, os agricultores estarão apresentando até o dia 17 de agosto um documento contestando oficialmente o relatório da Funai, onde vão provar todos os erros, mentiras, fraudes, vícios e abusos contidos no relatório. Com base em estudos de historiadores e antropólogos, o documento elaborado pelos agricultores vai provar que são os verdadeiros proprietários dessas terras e ainda que, ao contrário do que diz a Funai, não há qualquer registro histórico que confirme a existência dos índios Tupinambá nessa região.
Fonte: http://www.r2cpress.com.br/node/8703#comments

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"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.
Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido..." (Confúcio)

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