sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CEPLAC DESCARTA OCORRÊNCIA DE MONILÍASE EM FAZENDA CAPIXABA


A falsa denúncia de existência de um foco de monilíase do cacaueiro em uma fazenda, às margens da rodovia BR-101, no sentido sul, em Linhares, no Espírito Santo, serve de alerta aos produtores de cacau para que evitem a introdução e utilização de material botânico de países latino americanos em suas propriedades pelos riscos de o fungo ser introduzido no Brasil. O fato foi investigado por missão técnica do Centro de Pesquisas do Cacau, das superintendências da CEPLAC na Bahia e no Pará, entre quinta-feira e sábado, 22, com acompanhamento da Superintendência Federal de Agricultura do Espírito Santo (SFA/ES) e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
A missão integrada pelos fitopatologistas José Luiz Bezerra e Marival Lopes de Oliveira (CEPLAC/Sueba) e Cleber Novais Bastos (CEPLAC/Suepa) fez prospecção, observou a sintomatologia e preparou lâminas e, a partir de análises microscópicas realizadas na Estação Experimental da CEPLAC, em Linhares, descartou a possibilidade de que o fungo encontrado fosse Moniliophthora roreri, causador da monilíase do cacaueiro. Na verdade, os esporos observados nas preparações examinadas eram de fungos classificados como do gênero Colletotrichum, Lasiodiplodia e Fusarium que, apesar de causarem doenças no cacaueiro de ocorrência já registradas no País, provocam sintomas diferentes do fungo da monilíase. Também foi identificado o fungo Gliocladium (Clonostachys), um conhecido agente usado no controle biológico de doenças de plantas.
Ao tomar conhecimento do fato ocorrido no Espírito Santo, na semana passada, o Diretor da CEPLAC, Jay Wallace da Silva e Mota, determinou que fosse adotado o Plano de Contingência para Monilíase do Cacaueiro, uma proposta definida no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pela CEPLAC e Secretaria de Defesa Agropecuária, através do Departamento de Defesa Agropecuária (DAS/DSV), para proteger a cacauicultura nacional dos danos econômicos, sociais e ambientais associados à introdução da praga em território brasileiro, principalmente de cacaueiros silvestres e cultivados em países que fazem fronteira com o Brasil como Colômbia, Peru e Venezuela. No mês junho passado, em Belém, o Ministério da Agricultura realizou a terceira reunião sobre o Plano de Contingência que teve a participação das Superintendências Federais de Agricultura do Norte do Brasil, com o apoio técnico da Diretoria Científica da CEPLAC, que inclui entre outras ações o treinamento de pessoal de prospecção e pesquisa.
A rápida intervenção da CEPLAC tranqüilizou os produtores capixabas que reconheceram na missão técnica o necessário apoio num momento de grande apreensão. Para o gerente da CEPLAC no Espírito Santo, Paulo Roberto Siqueira, a rapidez e eficiência da equipe da Gerência Regional no apoio dado à missão técnica reforçam o compromisso da instituição em atender às demandas dos produtores de cacau do Brasil. “Além disso, demonstra à sociedade que a CEPLAC está se estruturando cada vez mais para responder às inquietações e dúvidas da lavoura cacaueira, principalmente pela ameaça que representa o fungo da monilíase”, concluiu.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CEPLAC
quarta-feira, 26/8/2009

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