quinta-feira, 20 de agosto de 2009

FAZENDA DE CACAU DÁ LUCRO COM GESTÃO E PLANEJAMENTO AGRÍCOLA


“Vamos montar um grande seminário na região de Ubatã para repassar as novas tecnologias da Ceplac orientada aos produtores, inclusive focando a gestão e a questão de áreas monoclonais”, anunciou o chefe do Serviço de Assistência Técnica do Centro de Extensão da CEPLAC (CENEX), Milton Conceição, ao final da mesa-redonda “Experiências de Agricultores e Técnicos”, na quarta-feira, 19. O evento reuniu pesquisadores e extensionistas da CEPLAC e EBDA e produtores de cacau das regiões Médio do Rio das Contas e Gandú, na Fazenda Santa Maria do Jenipapo, rodovia BR-330, trecho Ubatã – Ubaitaba, município de Ibirapitanga.
Desde as 8 horas da manhã um grupo de produtores rurais relatou suas experiências de sucesso no manejo integrado da vassoura-de-bruxa, a principal ferramenta recomendada pela CEPLAC para controle do fungo Moniliophtora perniciosa, causador da doença que fez decrescer a produção baiana de cacau. Além da gestão profissional de suas propriedades, o produtor Fernando Bastos Menezes falou sobre a concessão de prêmios de produtividade e desempenho aos administradores e colaboradores, como estímulo pela elevação da lucratividade dos imóveis. “A premiação é feita meio a meio com base na renda bruta e racionalidade na utilização de diárias”, explicou.
O sucesso do modelo de gestão calcado no planejamento feito sempre no mês de abril, quando se inicia o ano agrícola, fez com que a lucratividade das fazendas São Jorge e Dom Eduardo se elevasse em 16,7%. “Há resposta positiva para tudo o que se aplica na fazenda. No caso dos meus colaboradores, fiz entendê-los que na medida em que aumentem a produção e produtividade quem sai ganhando são eles próprios que são premiados, além do salário pago sempre em dia” observou Fernando Menezes, destacando que faz análise foliar e de solos, anualmente, e adubação duas vezes ao ano.
Outro exemplo de boa gestão rural foi apresentada pelo produtor Pedro Roberto Magalhães eleito pela CEPLAC, em junho, “Cacauicultor do Ano”. Além da subdivisão das áreas totais de cacau das fazendas Lajedo do Ouro e São Roque em quadras de 2,5 hectares, o que facilita o planejamento, ele tem atuado no aumento da produtividade e melhoria do beneficiamento do cacau com áreas de variedade monoclonal, o que lhe permite um produto diferenciado de maior valor, e comum. “As práticas de beneficiamento são fundamentais, como quebra, transporte, fermentação no mesmo dia e controle de temperatura ambiente nas fases acética e lática, o que se reflete na qualidade e gosto final do chocolate”, explicou.
Na abertura da mesa-redonda, o agricultor Edvaldo Bruni relatou as dificuldades para aplicação do pacote tecnológico da CEPLAC, principalmente pelo endivididamento da Fazenda Santa Maria do Jenipapo de 300 hectares, dos quais 200 hectares são de cacauais. Além de investir na fruticultura com graviola, acerola e açaí, Bruni está confiante na resolução de problemas junto aos agentes financeiros por acreditar ser possível o soerguimento da lavoura. Ele reivindica melhor tratamento do governo e novos recursos para manejo da propriedade, incluindo correção de solo e de sombreamento, adubação e capacitação da mão-de-obra.
Também fizeram intervenções a pesquisadora Stela Dalva Midlej Silva, chefa-adjunta do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), e os extensionistas Ivan Costa, Antônio Magno e José Mendes. Além do seminário, previsto inicialmente para outubro, os participantes da mesa-redonda aprovaram visita, no início de setembro, às fazendas objeto das experiências. O evento contou com apoio do Núcleo Regional da CEPLAC de Ipiaú e dos Escritórios Locais de Ubatã, Ibirapitanga, Gandú e Ipiaú e parcerias dos sindicatos rurais, Secretaria de Meio Ambiente de Ibirapitanga, Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e escritórios de Ipiaú e Ubaitaba da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CEPLACquinta-feira, 20/8/2009

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